O ódio não é força criativa; somente o amor cria...

No dia 1º de setembro de 1939, a Alemanha declara guerra à Polônia e começa o avanço de suas tropas rumo à capital Varsóvia. 
As tropas alemãs chegam a Niepokalanów, fecham a tipografia e levam presos Pe. Kolbe, o vigário do convento, Pe. Pio Bartosik, o clérigo japonês, frei Ludovico Kim, e 35 irmãos. 

Quadro retratando a oferta de pe. Kolbe no lugar de Francisco
Em 28 de maio de 1941, chega a Auschwitz e de lá escreve uma única carta à mãe, também esta toda marcada pela paz e serenidade: 

“Minha querida mamãe, no fim do mês de maio cheguei num comboio ferroviário ao campo de Auschwitz. Eu estou bem. Amada mamãe, quanto a mim e à minha saúde, fique tranquila, porque o bom Deus está em todo lugar e com grande amor pensa em todos e em tudo” (SK 961). 


Repetia aos companheiros de prisão: 

“O ódio não é força criativa; somente o amor cria... Estes sofrimentos não nos quebrarão, mas nos ajudarão a nos tornar sempre mais fortes. São necessários, juntamente com os sacrifícios dos outros, para que quem vier depois de nós possa ser feliz”.

Dadas essas premissas, foi espontâneo e natural para ele pedir para tomar o lugar daquele desconhecido e choroso pai de família no bunker da morte. A caridade cristã lhe pedia para que restituísse ao afeto da mulher e dos filhos um pobre pai e que acompanhasse com a sua ação sacerdotal os outros nove infelizes companheiros ao abraço com o Pai celeste.

O seu gesto comoveu até os guardas: “Este sacerdote é de fato um cavalheiro. Nós não tivemos até agora nenhum igual a ele por aqui”

Jorge Bielecki fala em nome de todos:

“Foi um choque enorme para todo o campo. Demo-nos conta que alguém entre nós, naquela obscura noite espiritual da alma, tinha levantado a medida do amor até o cume mais alto... Dizer que Pe. Kolbe morreu por um de nós ou pela família daquela pessoa seria redutivo. A sua morte foi a salvação de milhares de vidas humanas. E nisso, poderia dizer, consiste a grandeza daquela morte...” (Dos testemunhos). 
 
Parece-nos importante esclarecer que em Auschwitz Pe. Maximiliano não defendeu somente a fé, mas também o homem; essa sua “doação” não foi senão o cumprimento de toda a sua existência. 
Na Igreja e no mundo, tal gesto de Pe. Kolbe e, graças a ele, todo o resto da sua obra serão lembrados para sempre.

Fonte: Kolbemission.org
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